sexta-feira, 12 de julho de 2013

II Conferência Municipal de Cultura de Juiz de Fora


Iniciamos ontem a II Conferência Municipal de Cultura, com a presença de cerca de 150 pessoas inscritas  e uma apresentação inicial do Coral da FUNALFA regido pela Helen Barra que foi uma grata surpresa para todos. Belissímo!




O Superintendente Toninho Dutra fez  a leitura do regulamento e tópicos da conferência para aprovação da plenária. 


Após, ouvimos  a palestra de José Oliveira Jr.*


No início da sua fala ele cita a importância do elemento humano como o sujeito e o principal operador e beneficiário de qualquer sistema aplicado na sociedade.

Cita a Cultura como o centro das ações e não um acessório. “ A Cultura é o espaço de afirmação do sujeito e exercício de abertura ao outro."
A cultura precisa ser pensada também como:  modo de ser, de viver, de conceber o mundo, de relacionar-se com o mundo, de relacionar-se com as ideias, com a própria vida.

Ele classificou os investimentos na área cultural como perene e transitório. Sendo perene as políticas públicas /estado e transitório os projetos e gestores. Assegurou ainda que o prefeito, governador e etc tem que investir para todos e todos precisam ter acesso.

Em relação a pouca participação da sociedade cívil nos encontros e conferências ele questiona:

Qual a sua relação com o estado? 
Qual o papel que o cidadão acredita ter na vida da cidade? 
Quanto tempo o cidadão disponibiliza para a discussão coletiva sobre perspectivas para sua própria comunidade e para sua cidade?
Causas da pouca participação da sociedade cívil:
Falta de costume
Cultura paternalista
Falta de opções reais e concretas
Perspectivas individuais e utilitárias para poder decidir sair de casa
Preocupação com a democracia representativa e a formalidade
Fragilidade das informações sobre a realidade municipal
Inexistência de meios efetivos de divulgação
Pacto federativo
Medo de manipulação política por parte das autoridades.

Sugestão:
 comissões locais de cultura de caráter livre. Que poderiam manter encontros mais frequentes com o objetivo de decidir metas e prioridades para a comunidade.

Citando a questão de participação da sociedade e a função dos conselhos lembrou que menos de 4% dos municípios do estado tem plano municipal de transporte.

Como pensar em soluções sem metas?
Qual é a minha obrigação para a cidade?

O que vem a ser um sistema?
O Sistema é mais abrangente do que a simples interseção entre operadores e estruturas e operações. Passa a existir quando há  interação entre o cidadão e as estruturas  criadas para atender a sociedade.
A parceria entre os conselhos, orgãos públicos e a sociedade civil cria uma área comum de atuação.
Salientou que os operadores = gente.

As diretrizes de um sistema devem ser intocadas mas as ações podem e devem ser alteradas de tempos em tempos.
“O Jovem tem que estar envolvido no plano pois ele vai avaliar esse plano daqui há 10 anos.”
Diversidade – é composta de coisas cotidianas mais do que no exótico.
“Temos o direito de ser diferente.”

Criação:
. Estimular a criação
. Criatividade
. Inovação
 A inovação pode se pautar em dois pontos: respeito a memória e criação de novas memórias.

Circulação
Local/ regional / mundo

Formação artística cultural:
- formação inicial
- profissionalização
- Excelência artística
- gestores
- residência artística

Comunicação
. distribuição de conteúdos
- aproximar cultura educação  - muita coisa começa na escola.

Para pensar:
Que cidade eu quero daqui há dez anos?

Proteção:
Promoção do patrimônio e da memória.

Cadastro único de empreendedores – Uma forma de agilizar e otimizar o acesso a informação entre todas as áreas do município.
A cidade de Rio Branco possui  um cadastro único de empreendedores e, é a primeira a aderir ao Sistema Nacional de Cultura.

Finalizou indicando um site com informações sobre cultura:
Site http://sniic.cultura.gov.br/ – sistema nacional de informações e indicadores culturais - site experimental.


Rose Valverde
conselheira de artes plásticas CONCULT  JF

* Palestrante: José Oliveira Júnior, escritor, músico, publicitário; supervisor de pesquisa do Observatório da Diversidade Cultural; coordenador de projetos da Gerência de Cultura do Sesc Minas; consultor da Unesco para o MinC em 2012 para a implantação do Sistema Nacional de Cultura em Minas Gerais; diretor  de apoio ao trabalhador associado do Sated/Minas; coordenador da pesquisa "Mapeamento de Políticas Públicas para a Diversidade Cultural"; autor, entre outros, do livro "Pensar e Agir com a Cultura: Desafios da Gestão Cultural (Ed. 2011)" e de diversos estudos e artigos sobre cidadania e políticas públicas . fonte: http://www.pjf.mg.gov.br/funalfa/confmunicipaldecultura.php




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