quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Já lutou por seus direitos Hoje?

Ontem a noite voltava pra casa as 19h10m e vi que o ponto estava lotado, chovendo, e as pessoas revoltadas com a espera. Algumas estavam desde as 18h no ponto. Chegou um ônibus as 17h40m aprox. e estava lotado, vi então uma coisa inusitada acontecer: uma senhora idosa desceu do ônibus e reclamava que era um absurdo ela ter que viajar num ônibus lotado já estava com os dedos do pé quebrado e sendo espremida na frente do ônibus. Resultado, mais uns vinte minutos de espera para essa senhora porque o ônibus só apareceu por volta das 20h e alguns minutos. Quando desci perto de casa vi que logo atrás vieram vários ônibus vazios e um atrás do outro. Contei cinco ao todo.

Vale refletir... No ônibus todos reclamavam e as pessoas falavam que já tinham cansado de ligar reclamando para a Empresa e a resposta dada era sempre de desconsideração e falavam que a linha tem muito idosos e que se colocarem mais ônibus a empresa fica no prejuízo.

Resultado: Idosos maltratados, usuários descontentes, atrasos, cansaço e uma triste constatação. Envelhecer sem carro é a “Treva” como diz o jargão da novela das sete.

E olha que a maioria dos usuários saem do serviço cansados e nem tem tempo de assistir a tal novela.

Como estou com um problema no pé, que me impede de caminhar como fazia antes, estou vivenciando agora a tortura diária dos usuários de ônibus em Juiz de Fora.

Não gosto de criticar somente, acho que temos que pensar em soluções.

Mas gostaria de mostrar alguns textos que encontrei sobre esta questão.

[A crítica vinda dos vereadores recaiu sobre o número de usuários do transporte coletivo como base de cálculo da tarifa. Conforme explicou o secretário, o valor da passagem de ônibus considera apenas os cerca de oito milhões de pagantes mensais do sistema. O cálculo exclui os quase dois milhões de usuários de 23 categorias beneficiadas pela gratuidade.

Para os vereadores, a metodologia fere o artigo 195 da Lei Orgânica do Município, que determina que o cálculo da tarifa de ônibus deve considerar todos os usuários do sistema, pagantes ou não. O secretário, por sua vez, rebateu dizendo que a gratuidade deve ter sua própria fonte de custeio, seja do poder público ou privado. "Nenhuma cidade que não possui subsídio da gratuidade calcula o valor da tarifa considerando os passageiros que não pagam."] Fonte: www.acessa.com

Trecho de uma entrevista de seis anos atrás da Revista Ônibus - ano IV - Nº 20 • MAIO/JUN 2003 - Por Marcos Machado e Gabriela Guimarães

“Não é justo o usuário pagar pela gratuidade. É necessária uma política de custeio.

A saúde e a educação, por exemplo, recebem recursos com destinação permanente”

Nazareno Stanislau Affonso

R.O.: Os empresários de transporte do Rio de Janeiro argüiram na Justiça a constitucionalidade da lei estadualque concede gratuidade a idosos e estudantes. O Tribunal de Justiça doEstado derrubou a Lei, por 17 votos a 1 e os empresários e o governo do Estado buscam de forma conjunta uma

forma de custear essas gratuidades. De que forma os benefícios da gratuidade podem ser preservados sem tornar a tarifa mais cara?

N.S.: Não é justo o usuário pagar pela gratuidade. É necessária uma política de custeio. A saúde e a educação, por exemplo, recebem recursos com destinação permanente, enquanto que do transporte é o mercado que cuida. O transporte também é um serviço social. Já o automóvel, que é individual, recebe investimentos na forma de novas vias e estacionamentos, como se fosse um direito social. Os governos estaduais podem destinar parte do IPVA para uso no transporte público, como foi feito em São Paulo para recuperação dos trens metropolitanos.

Como podem ver este problema já foi detectado e não é de hoje, cabe a quem encontrar soluções? Ao Presidente? Governadores? Deputados? Vereadores? Prefeitos? Confesso que não sei exatamente quem pode nos ajudar, mas acho que toda a população deve pensar juntos e exigir uma ação eficiente para resolver está questão.

Eu particularmente tenho uma pequena sugestão: criarem uma linha de ônibus que atenda a um tipo de circuito da saúde e que passe em vários bairros próximos a clínicas de fisioterapia e hospitais e que poderia fazer um percurso do tipo: Hospital Universitário – R. Olegário Maciel – Hospital Monte Sinai – Av. Independência – Albert Sabin – Praça da Estação – João Felício (via av. Brasil) e retornaria a Rio Branco próximo ao Manoel Honório descendo ate a Getulio Vargas e contornando a independência e retomar ao roteiro para o HU. Isso ajudaria a desobstruir as linhas centrais reduzindo o número de idosos e pessoas que necessitam de tratamento de saúde. Ajudaria a desafogar as linhas de ônibus que passam pelo centro, e que concentram os trabalhadores, estudantes e demais usuários.

... Bem, vão me perguntar por que cargas d’água eu estou falando sobre transporte público HOJE. Porque hoje, 10 de dezembro, é o Dia Internacional dos Direitos Humanos e um dos direitos que temos é o de ir e vir, não?

...E exatamente hoje, estou me aproximando da contagem regressiva para alcançar a fase, que dá nome a série global “Cinquentinha”. Ai, a gente começa a sentir os reflexos de anos de trabalho e de luta e pensa mais “em viver a vida” e com o máximo de qualidade possível.

As pessoas deveriam pensar mais sobre o dia de amanhã e buscar soluções para uma vida mais digna e tranqüila.

Continuo levantando a minha bandeira, pela EDUCAÇÂO e pelo RESPEITO ao ser humano. E termino apresentando o artigo que eu mais defendo...

Artigo I

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS - Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948

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