domingo, 29 de novembro de 2015

A força de um exemplo - pedir desculpas

Ontem foi aniversário de meu pai, Julio, que comemorou 83 anos. Fizemos uma rápida viagem para podermos dar-lhe parabéns. Chegamos de surpresa e pudemos papear um pouco e tomar um cafézinho.

Quando estavamos lanchando minha mãe me mostrou algumas gravuras, que ela utilizava para dar aula, coisa antiga e com um valor especial pois há tempos atrás eu registrei algumas e inclui no me TCC quando fiz a pós-graduação. E ai, no meio dessas gravuras ela achou um bilhete que o meu pai escreveu há anos atrás. Blhete bem guardado foi uma surpresa para nós e nos fez ver a força de um pedido de desculpas. Ela guarda esse bilhete há muitos anos...



"Minha querida Ni peço desculpa por não levar o bloco que me pediste mas eu esqueci disto. Mas em compensação não me esqueço  nunca de você meu amor. Julio"

Eu ganhei um grande presente que é a família que recebi de Deus. 
Meu pai sempre nos deu exemplos importantes que me ajudou em vários momentos da vida. tais como:
. Aprender a ouvir música clássica - Sempre que saia para trabalhar nos acordava e ligava o rádio na Rádio Jornal do Brasil que tinha um programa de música clássica e saia assoviando. Eu normalmente acordava e me lembro que ia varrer a casa assoviando as músicas também.

. Sempre falava : Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje!

. Lembro dele folheando o livro Nutrição e vigor e mostrando as qualidades dos alimentos para aprendermos a comer e gostar de frutas, verduras e etc.



. A citação que sempre repetia para nós de Khalil Gibran: "Vossos filhos não são vossos filhos. 
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma."


"Parabéns pai, pela vida que sempre levou, por sua força, perseverança, honestidade e dedicação a nós, seus filhos."

E para finalizar gostaria de colocar o texto completo do Gibran:

Vossos filhos não são vossos filhos. 
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. 
Vêm através de vós, mas não de vós. 
E embora vivam convosco, não vos pertencem. 
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos, 
Porque eles têm seus próprios pensamentos. 
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; 
Pois suas almas moram na mansão do amanhã, 
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. 
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, 
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. 
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força 
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. 
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria: 
Pois assim como ele ama a flecha que voa, 
Ama também o arco que permanece estável.

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